SAÚDE MENTAL DOS EMPREENDEDORES: COMO MANTER O EQUILÍBRIO PRINCIPALMENTE NO FIM DO ANO |
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Empreendedores podem ter dificuldade em encontrar um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional – até porque muitos depositam tudo que possuem para realizar o sonho de abrir o próprio negócio.
O ritmo acelerado das mudanças no mercado, a competitividade e a sobrecarga de atividades podem se tornar grandes desafios para os donos das empresas. Para entender esse cenário, a Endeavor Brasil realizou o estudo inédito Saúde e Performance de Pessoas Empreendedoras, em colaboração com o BID Lab, que mostra as dificuldades enfrentadas por empresários no Brasil em relação à saúde mental. Foram consultados 118 líderes de startups e scale-ups (empresas que aumentam a taxa de faturamento na faixa mínima de 20% em doze meses, ao longo de três anos seguidos). Segundo o levantamento publicado recentemente, 91% dos empreendedores pesquisados conhecem alguma pessoa empreendedora que enfrentou desafios de saúde mental em sua jornada – além disso, 56% consideram a rotina de trabalho estressante ou muito estressante. Principalmente agora no fim do ano, a pressão aumenta ainda mais e os especialistas em saúde mental entram em cena para ajudar a melhorar a qualidade de vida dos empresários. “Empreender já é um desafio e, nessa jornada, caminham juntos o medo e o desejo. Tratando-se da saúde mental de quem vive essa realidade, inicialmente, uma das maiores dificuldades consiste na sustentação dessa escolha que gera instabilidade emocional. São muitas demandas sociais e culturais exigidas de um empreendedor”, avalia a psicóloga, psicanalista e empreendedora, Karine Pithon. A pesquisa da Endeavor também apresenta um panorama sobre as condições adversas percebidas durante a trajetória empresarial, com destaque para ansiedade, burnout, depressão e ataque de pânico. O estudo aponta que 94,1% dos empreendedores participantes relataram ter vivido pelo menos uma condição adversa ao longo da trajetória – sendo a ansiedade a mais frequente, com 85,6%, enquanto 77,1% tiveram pelo menos duas condições e 38,1%, pelo menos três condições. “O desejo desenfreado em torno do sucesso e o medo paralisante de fracassar levam a esse lugar competitivo. O excesso de trabalho e a busca pelo poder enfraquecem a mente humana e alimentam o ego. Nesse sentido, também é possível olhar em direção à falta de confiança e segurança em si, o que abre espaço para autossabotagem e procrastinação das responsabilidades”, acrescenta Karine Pithon. Equilíbrio entre corpo e mente Essa visão é compartilhada com a psicóloga e psicanalista Karine Pithon, que enfatiza a relação próxima entre as questões físicas e mentais. “Não tem como desassociar mente e corpo. Ambos precisam estar alinhados para que o empreendedor consiga ser criativo e produtivo”, ressalta. Marlon lembra ainda que uma das formas do empreendedor evitar sobrecarga mental é delegar funções, confiando nas pessoas da própria equipe: “A escolha de parceiros e fornecedores de confiança, como uma boa contabilidade, agência de marketing, etc, também é um ponto crucial para a redução de carga mental do empreendedor. Assim, o estado constante de preocupações e stress tende a ser consideravelmente reduzido”. Estratégias para o bem-estar “É importante que o empreendedor tenha um percurso na sua terapia, tendo em vista o processo de autoconhecimento e acolhimento. Com isso, fica mais fácil estabelecer uma rotina de autocuidado por meio de um planejamento estratégico, sabendo separar as demandas de trabalho dos momentos de lazer na vida pessoal”, pontua. Confira as dicas para alcançar o equilíbrio e o bem-estar dos empreendedores: Com informações: Apex Conteúdo Estratégico e Agilize |